Estamos no último mês de verão e os espaços "verdes" (que já foram verdes) e canteiros da Tapada das Mercês continuam ao abandono e atulhados de lixo. Já não tenho qualquer dúvida que a Tapada foi abandonada, é o parente pobre da freguesia, se os restantes bairros têm os seus jardins limpos e arranjados, então porque não limpam os da Tapada?
No forum do site da Junta de Freguesia de Mem Martins, coloquei a questão e dos responsáveis da Junta não veio qualquer resposta. Um membro do forum disse que a responsabilidade pela manutenção dos espaços verdes da Tapada estava a cargo duma entidade denominada "Sintra Construções", que estaria ligada aos empreiteiros que construíram a actual Tapada, então o que é feito dessa tal entidade? Será que ainda existe? Se existe e tem a responsabilidade pela manutenção dos espaços verdes, a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Sintra deveriam tomar medidas e obrigá-los a cumprir com as suas obrigações, agora se essa entidade já não existe, foram à falência ou por qualquer motivo se negam nas obrigações, compete à Junta e Câmara remediar a situação e arranjar soluções, porque nesta situação a Tapada parece um bairro do terceiro mundo!
Os espaços verdes e canteiros da Tapada das Mercês, principalmente os que são anexos às ruas e avenidas da parte norte da Tapada, estão abandonados e cheios de lixo. Pergunto, se limpam as ruas, que na realidade, depois do aparecimento do carro “vassoura mecânica” parecem outras, porque não retiram o lixo dos canteiros?
Rua Mário de Sá Carneiro, junto ao n.º 30 (por cima da escola primária n.º 2)
Rua Mário de Sá Carneiro ( por cima da escola primária n.º 2)
Canteiro entre o n.º 30 da Rua Francisco Salgado Zenha e a escola primária n.º 2
outros espaços verdes da Tapada cheios de lixo
Sabe-se que a manutenção dos espaços verdes fica caro para as autarquias e que estamos em tempo de contenção, mas pelo menos deveriam retirar os lixos é que o aspecto destes canteiros transmite um total desleixo, além de atraír ratos e outros bichos nocivos à saúde das populações.
A Tapada da Mercês é um polo residencial importante da freguesia de Mem Martins, penso que deveria merecer mais atenção das entidades locais.
As matas e os espaços verdes da Tapada das Mercês, estão cada vez mais pejados de lixo.
A mata existente entre a Escola Preparatória e o espaço onde fazem a feira das Mercês, a norte da Tapada, está cheia de entulhos de obras, electrodomésticos velhos e outros detritos, é uma degradação autêntica.
A “vassoura mecânica” que aspira os lixos das ruas foi bem vinda e está a prestar um bom serviço, porque as artérias estão mais limpas, porém, falta o resto, as zonas ajardinadas, canteiros, rampas e escadarias onde a “mão” da máquina não chega, encontram-se cheios de papéis, plásticos e outros detritos. Penso que também estes espaços fazem parte da Tapada.
Os responsáveis das câmaras municipais e autarquias, pela limpeza e manutenção dos espaços verdes, deviam fiscalizar (ou mandar) tanto os cantoneiros de limpeza que se estão a borrifar para os jardins, como os autores de depósito ilegal nas matas de detritos de obras e outros lixos. É certo que alguns moradores são irresponsáveis, incivilizados e porcos, mas também as autarquias não estão a cumprir com o seu dever de combater esta praga.
Penso que, se fossem criadas espaços próprios para as pessoas depositarem voluntariamente estes entulhos, devidamente publicitados nos jornais e comunicação social, seria uma boa medida, porque, vale mais estes lixos estarem concentrados num só local do que espalhados pelas matas. Muitas pessoas não têm poder económico para alugarem contentores, por isso, vão pela via mais (porca) fácil, espalhando, na calada da noite os lixos pelas matas.
Às vossas Mercês
Felizmente os troncos de oliveira que "embelezavam" o jardim da Avenida Av. Miguel Torga ( Largo da Estação da Tapada) já desapareceram. Ou apodreceram e tiveram que ser retirados, ou então apareceu alguma boa alma, com bom senso, que os mandou retirar. Aquilo era uma vergonha. Ver: http://vossasmerces.blogs.sapo.pt/1010.html
Vale mais estar assim, só com a relva, mas penso que poderiam fazer melhor. A ver vamos!
Poema de Natal
Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos
Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra. Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos
Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio. Não há muito o que dizer: Uma canção sobre um berço Um verso, talvez de amor Uma prece por quem se vai
Mas que essa hora não esqueça E por ela os nossos corações Se deixem, graves e simples. Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre Para a participação da poesia Para ver a face da morte
De repente nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem; da morte, apenas Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes